segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

"Eu não sabia que era possível comprar uma lei!"

"É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é,
 se quer transformá-lo."
(Gramsci)
            Em delação para operação “Sinal Fechado” do Ministério Público, o empresário George Olímpio relatou como funcionava o esquema de corrupção que envolvia a empresas privadas e pública – DETRAN - e políticos potiguares - desde as ex-governadoras Vilma de Faria e Rosalba Ciarlini, até o presidente do partido dos Democratas e Senador, José Agripino Maia. 
             Sim, caro, George, é possível comprar leis. Uma das formas reduz-se a oferecer propina aos já eleitos deputados, como no caso do deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, para que se atenda o interesse do corruptor. Outra forma, é doar vultuosamente pilhas de dinheiro para campanha de certo candidato, como no caso do Senador Agripino Maia. 
             Não sejamos ingênuas e ingênuos. O que temos por financiamento privado de campanhas, não é nada mais que um investimento empresarial: uma empresa financia a campanha de determinado candidato, esperando que este, posteriormente, eleito, realize seus interesses dentro da casa legislativa.
             Diante desse cenário, o povo brasileiro mostrou sua indignação! Com o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, se aproximando dos 8 milhões de votos. As vozes dos homens e mulheres do Brasil gritaram basta para as regras políticas que estão postas! Chega de financiamento privado de campanhas, chega de mídia antidemocrática, chega de políticos que não representam o povo.
Enquanto isso... Reforma Política pelo Congresso Nacional?!
             Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Presidente da Câmara dos Deputados, e o conservadorismo enraizado em sua figura mostra-se como a maior prova de que qualquer Reforma Política realizada pelo atual Congresso será um grande retrocesso para o povo brasileiro. Outro fato assustador é a formação da comissão para esse assunto. Ela será presidida pelo Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e terá como relator o também Deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Segundo Cunha, essa comissão tem o intuito de garantir que tal reforma não tenha “viés só da oposição ou só do governo”. 
             Resumir-se a uma disputa político-institucional exclui novamente os brasileiros e brasileiras do processo de tomada de decisão dos rumos do nosso país. A reforma política não deve ter o viés da oposição conservadora, muito menos do governo! A reforma deve ser popular, com a cara do povo brasileiro.
             Ceder às pressões conservadoras e retroceder na nossa pauta não se mostra como opção no período atual. Reforma Política Popular só através de uma Constituinte. 

Pelo financiamento público de campanhas e para enterrar a corrupção: CONSTITUINTE JÁ!

Arthur Carvalho
Levante Popular da Juventude - RN

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