segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Luta pelo transporte em Touros mobiliza estudantes



Em apoio ao Movimento: Educação do LUTO à LUTA, organizado pelos Estudantes Universitáriosde Touros/RN, o Levante Popular da Juventude esteve presente em um debate sobre o movimento estudantil, com o objetivo de contribuir na luta pelo transporte gratuito aos estudantes da cidade. 

A situação da educação do munícipio é crítica, atinge tanto os estudantes das redes Estaduais e Municipais quanto do Ensino Superior. Escolas com as estruturas defasadas, que prejudicam o desempenho dos alunos e impossibilita que os professores e professoras desempenhem o seu trabalho com excelência. Há algumas semanas, a Prefeitura avisou que o transporte que faz a locomoção dos estudantes de Touros para as instituições de ensino da capital Natal, seria cortado por falta de recursos. A partir disso, surgiu a necessidade de unir forças e exigir do governo municipal uma solução para o problema que compromete o ano letivo dos alunos, a qual a grande maioria são de instituições de ensino superir particulares.

Os estudantes estão se reunido em assembleias e reuniões, planejando e discutido os rumos do movimento para que o problema seja resolvido e os alunos do município não sejam ainda mais prejudicados. No dia 21 de agosto em uma assembleia do movimento, foram feitos os repasses de uma reunião entre a comissão que representa o movimento e o Prefeito de Touros Ney Leite do PSD. Algumas falas do prefeito geraram um desconforto e revolta entre os estudantes, foram elas: "Vocês vão ter que dá um jeito" e que "Os universitários não tem direito a nada, pois a Lei estava do lado dele". Atitude inaceitável por parte de um representante que foi eleito pelo povo e, que se diz representar os interesses desse povo que o elegeu, visto que o governo sendo ele, Federal, Estadual ou Municipal, não pode se ausentar de suas obrigações e jogar a responsabilidade pra quem já faz um tremendo esforço para sair de casa e ainda custear os seus estudos.

Durante a assembleia do movimento uma colega destacou que: “É necessário a união entre os companheiros (as) do movimento, pois a luta pelos nossos direitos requer uma unidade e juntos podemos lutar por eles”

Para isso, iremos fazer formações e mobilizar os estudantes do ensino básico para o ato marcado para o dia 25 de agosto que terá concentração ás 8 horas em frente a Escola Municipal Dr. Flávio Junqueira Aires e sairá com destino a Prefeitura do Município onde, a comissão estará em mais uma reunião com o prefeito.
 


Vamos fortalecer a juventude para lutar contra esses ataques da prefeitura aos direitos do cidadão. O Levante está do lado dos estudantes de Touros, do lado povo e com eles irá lutar.

Transporte público, pelo direito ao estudo!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não se estuda de bucho vazio: nem verba pra educação e nem ambulante com promoção


  Com o avanço do conservadorismo no congresso, muitos desafios foram colocados na vida das e dos estudantes, aliada as retiradas de direitos da classe trabalhadora. Nesse cenário de retrocessos promovido pelo congresso nacional, os cortes de verbas para educação trouxe a tona a falta de compromisso com o povo brasileiro por um sistema político que não nos representa.

  Os cortes na educação afetam diretamente a vida da estudantada que mais precisa permanecer na universidade: aquelas e aqueles que tiverem esse espaço negado por tanto tempo. A falta de verba dificulta o acesso a bolsas de ensino, pesquisa e extensão e principalmente as necessidades básicas: alimentação (RU), transporte (circular), moradia (residência e auxilio aluguel), ou seja, retira o direito de permanência estudantil.   

  Não podemos aceitar que a pátria educadora retire os diretos da estudantada. Queremos mais escolas e menos prisão. Queremos entrar na universidade e só sair de lá quando nos formarmos. Queremos nossos direitos por completo: entrar, vivenciar a universidade e nos formar como profissionais e cidadãos críticos. Queremos estudar de bucho cheio.

Estudantes e ambulantes: na luta por permanência!       

  Não bastando às medidas repressivas como novas catracas e mais seguranças no RU, estamos agora enfrentando a expulsão das e dos ambulantes, trabalhadores que ofereciam aos estudantes alimentos mais baratos e que cabiam no nosso bolso. Advertidos pela segurança do campus, foram notificados e avisados dos seus últimos 5 dias de trabalho, pedindo sua desocupação por serem “ilegais”.           

 Então, vamos falar de “ilegalidade”? As cantinas da universidade, pertencentes praticamente a uma mesma família (oligopólio), praticam preços abusivos
e não cumprem com os valores tabelados na licitação em que foram aprovadas, sem ter a fiscalização necessária pela universidade. A expulsão dos ambulantes é para garantir e aumentar o lucro do cartel de cantinas.

  “É muito nítido que essa expulsão não é interessante para mais ninguém se não para os donos de cantinas que sem os ambulantes (e um RU não satisfatório) serão a única alternativa mais "acessível" para os/as estudantes fazerem suas refeições. Essas cantinas vivem hoje a base de um cartel, onde fazem acordos de preços absurdos para que não haja a possibilidade da escolha de um lugar mais barato, essa luta não é só dos trabalhadores e trabalhadoras que não terão mais seu direito de trabalhar, mas também das e dos estudantes que ficaram sobre a mira do esquema das cantinas”, disse Kell Medeiros, trabalhadora ambulante e militante do Levante Popular da Juventude.

Expulsão dos ambulantes + Sucateamento do RU = Reféns das cantinas
  Estudantes, trabalhadoras e trabalhadores querem permanecer na universidade, sem opressões e sem retirada de direitos. Não aceitaremos nenhuma expulsão, seja por repressão ou pelos cortes na educação. Queremos a regulamentação dos ambulantes e a garantia da assistência estudantil. Queremos que a universidade se pinte de povo!
  E para mudar a realidade dentro da universidade também precisamos mudar a sociedade e com esse congresso conservador não dá. Precisamos mudar as regras do jogo, dizendo não para o cartel das cantinas e não para o financiamento privado de campanha. Colocando nas ruas uma bandeira que represente as lutas do povo e que proponha uma mudança concreta: a bandeira da constituinte por uma reforma do sistema político.             

Juventude que ousa lutar: constrói poder popular!

Joseé Lima - Levante Popular da Juventude RN